terça-feira, 11 de maio de 2010

Prévia da Copa do Mundo ou Porque eu prefiro a libertadores

Vamos começar reiterando o óbvio. Convocações jamais serão unânimes, amplamente aceitas ou pouco questionáveis. É inútil e irrelevante ficar resmugando a cada convocação. Ainda mais quando se tem uma postura semelhante a da imprensa, que reclama e protesta de tudo. Quando ganha e joga feio preferem um futebol ofensivo. Quando perde porque tá todo aberto é ruim porque demonstra ingenuidade e despreparo. Ao menos colocar esses parasitas no devido lugar o Dunga sabe.
Entretanto, existem fatos que nenhum intelecto, relativismo, lógica ou razão explique. E isto sim, é digno de nota. Fatos que não se tratam de divergência de opinião ou particularidades que naturalmente se opõe quanto ao modo de enxergar o futebol. O maior exemplo disso é a convocação de Kléberson. Me digam vocês: O que é Kléberson? É um meio campo medíocre que só teve uma fase boa no Atlético Paranaense em 2002, caiu de pára-quedas na seleção graças a contusão de última hora do Émerson e até hoje vive daqueles sete jogos. Foi vergonhoso no Manchester, considerado inclusive a pior contratação da história do clube pela irritante imprensa inglesa. Conseguiu a proeza de virar banco no time pífio do Flamengo. Que jogou mal e porcamente o podre e patético campeonato estadual. Enfim, é um jogador fraquíssimo que nada acrescenta. Somente tem o poder de se tornar invisível durante as partidas. Aparece na hora da escalação e da substituição. Quanto muito, dando um chute ridículo pra longe do gol. O que consola é que o vagabundo marginal e problemático do Adriano não vai a Copa. Se ele tiver o mínimo de bom senso ainda (o que eu duvido muito), aproveitará o mês de férias pra visitar um bom psiquiatra.
Mas não é a seleção brasileira, sempre pagodeira e questionável que me motivou a escrever aqui. Além das perdas de Cabanãs, Meléndez e Cristian Rodríguez, por fatalidade, idade e suspensão respectivamente, mais uma falta me abala profundamente e me tira o tesão de ver os jogos. Maradona virou as costas para o lendário Rolando Schiavi. Na hora que ninguém mais acreditava, que todos questionavam e as esperanças eram escassas, Maradona chamou Schiavi e ele não decepcionou. Correspondeu e esteve presente nos três jogos mais tensos e importantes da história recente argentina. Os jogos que selariam o destino da nação. Que coroariam ou não o trabalho dos últimos quatro anos. Schiavi esteve lá e ajudou a colocar a Argentina na copa. Porém agora, após subir a montanha, na hora de apreciar a vista, Maradona não quis compartilhar com Schiavi esse momento. É triste para o futebol. Por essas e outras que a Libertadores sempre estará mais forte em nossos corações, ela nunca vira as costas para os verdadeiros heróis.

SCHIAVI, O FUTEBOL ESTÁ COM VOCÊ.