quarta-feira, 23 de março de 2011

Fazendo pagode em cinco minutos com Lucas Gevartoski

Início: 4:06

Nessa noite escura de verão
Estou vivendo nessa solidão
Você machucou meu coração
Me usou depois me deixou na mão

Depois daquelas noites com estrelas
A gente tão feliz a se amar
Agora é tão difícil esquece-la
Porque você não volta pra tentar

Viver junto de comigo
Acabar de vez com esse castigo
Esquecer nossos problemas
Enterrar antigos dilemas

Eu prometo ser melhor meu bem
Te amar como nunca amei ninguém
Te fazer muito feliz
E ser o que você sempre quis!

Fim: 4:10

Receita pra você também fazer em casa:

- 2kg de dor de corno fresca
- 500g de rimas fáceis
- Um tablete de história de amor mal resolvida
- Desilusão a gosto.

Modo de preparar:

Primeiro pegue os dois quilos de dor de corno ainda fresca, sagrando, e coloque na panela. Organize-as em pequenas formas de adicione os quinhentos gramas de rimas fáceis. Se agradar o seu paladar, pode colocar uma ou duas pitadas de rimas elaboradas, isso fica a seu gosto. Porém se colocar demais, fica difícil de pessoas com grau de escolaridade fundamental cantar junto, então não é recomendável.
Após isso, corte o tablete de história de amor mal resolvida em pequenos pedaços e distribua pela massa de dor de corno ainda crua. Feito isso, pode refogar tudo em desilusão, desde os pequenos molhos só para dar um caldo até os molhos mais vigorosos, todos são bem aceitos em geral. Escolha pelo momento e pela desilusão disponível em casa.
Depois espere apodrecer e pode servir acompanhado de cavaquinho e pandeiro, faz muito sucesso no Brasil inteiro!

terça-feira, 22 de março de 2011

Tchubirabiron

Guimarães Rosa foi um dos mais importante escritores brasileiros de todos os tempos. A maioria dos seus contos e romances usavam o sertão como ambiente para o desenrolar das histórias. Outra marca de Guimarães Rosa é criação de diversos vocábulos, fazendo-se valer de seu notável conhecimento sintático e da simples e pura imaginação. Alguns exemplos disso são o termo "nonada", palavra de abertura do romance Grande Sertão: Veredas. Significa "coisa sem importância", e, segundo a autora do livro "O léxico de Guimarães Rosa", resulta da fusão de "non", do português arcaico, com "nada"; "suspirância" que designa suspiros repetidos e as mais criativas "enxadachim", termo empregado para designar um trabalhador do campo, que luta para sobrevive, palavra é formada por enxada e espadachim e embriagatinhar, neologismo de conotação humorística que serve para indicar qualquer um que esteja engatinhando de tão bêbado. Origina-se da fusão de embriagado e gatinhar.
Porém nem em seus momentos de maior inovação e parnasianismo, o autor de "Grande Sertão: Veredas" seria capaz de cunhar o termo: "Tchubirabiron".
Não, não se trata de algum discípulo moderno do escritor mineiro que em 1967 foi obrigado a parar de escrever por impossibilidade física (morreu de infarto). Na verdade, o autor desse vocábulo esdrúxulo permanece misterioso e provavelmente ainda não é membro da Academia Brasileira de Letras. Ele deve ser membro de alguma academia baiana, evidentemente que as que contém halteres na estante em vez de livros. Mas nos concentremos no intérprete que propaga essas palavras com uma emoção teatral, que levam aos mais desavisados a crerem estar diante de uma reinterpretação de uma tragédia de Sófocles tamanha a emoção contida na voz de Léo Santana ao regurgitar tchubirabiron.
Vamos nos concentrar nessa figura escrota que canta essa ode a estupidez humana. Vendo-se incapaz de fazer qualquer coisa de útil na sociedade, resta apenas uma opção para este cidadão: Malhar e rebolar. É a forma mais rústica e primitiva de ascensão social, no entanto, em pleno século XXI, mais de 200 anos após a revolução francesa, ainda é plenamente eficaz.
Vivemos em um mundo onde cantar Tchubirabiron rebolando com uma camisa regata e boné fosforescente dá fama e dinheiro. Pensem nisso.
Sobre o resto da canção, não cabe muitos comentários. É de uma simploriedade infantil, com uma estrofe que rima carnaval com legal e fazer com mexer. O resto é uma incessante e hipnótica repetição do famigerado verbete que ninguém sabe o que significa, tampouco de onde saiu, mas todos olham pra frente, seguram a cabeça e repetem.


Sendo bem sincero, eu fico até sem palavras para tentar elaborar mais algum pensamento sobre isso. Essa agressão ao cérebro é tão desprezível, patética, desprovida de sentido, inútil e podre que é difícil até pensar sobre isso. Só me resta pedir licença a Guimarães Rosa e criar um vocábulo para definir Léo Santana e sua obra: maxpotenretardo. O retardo em sua máxima potência.






*Esse post é dedicado a todos os retardados que pulam escutando isso atrás de trio elétrico, fazem coro a parvoíce do cantor, compram o cd, assistem na televisão e pedem na rádio. São vocês que alimentam essa merda. Se um cidadão que ousasse cantar isso fosse relegado da sociedade e tratado como um animal incapaz, o que deveria acontecer em um mundo correto e justo, isso não existiria.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Historitas de Buenos Aires

Historitas de Buenos Aires parte dos: Um taxista (miguel) que me levou pro estadio do Racing passou o carnaval de 19 72 no Rio. Disse que conversou com Vinicius de Moraes em ipanema. Vinicius foi embaixador do Brasil aqui na Argentina, ele tinha uma amiga em comum e essa amiga apresentou os dois. O taxista disse que era poeta também. A história dele é de cinema mas parece verdade. Ele sabia tudo com detalhes, quando eu disse que morava em copacabana ele falou "ah, es cerca de botafogo, donde me quede en Rio". Disse que na época 1 peso valia 8 cruzeiros, entao ele fez a festa. Comeu 28 mulheres em 21 dias no Brasil.
Depois ele me perguntou o nome de hombres que viram mulheres. Eu disse "travesti?" ele "é, isso! tienes muchos en brasil, no?" Aí comentamos que aumenta no mu ndo inteiro e ele disse: "Sabe porque? porque quem prova sempre quer mais! hahahahahah" eu ri e ise que prefiro as mulheres originais.

Uma lembrança para narra-la melhor assim que chegar.

(falou de Heloisa Pinheiro casando com o cara mais rico de Sao Paulo, dançou samba com Vinicius tocando violao, Urca, Gavea, Laranjeiras, Copabacana... travecos mais lindos que mulheres.)