quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Os ?? álbuns que fazem parte de mim

Eu criei um estranho gosto por listas aqui. Nunca gostei de listas, embora elas sempre despertem minhas curiosidades. Por isso nenhuma das listas que ponho aqui tem cunho classificatório, hierárquico ou como finalidade ranquear em ordem de importância ou preferência. Os números são meros auxiliares para organizar as coisas, porque eu odeio bagunça. Alimento essa apreciação por listas aqui por uma preposição básica: Listas são sempre falhas. A não ser que você seja o autor.
Esse post surgiu entre duas estações de metrô, na ida para a faculdade. Ao erra o "botão" do iPod touch e cair na organização das músicas por álbuns, pensei que eles são substimados hoje em dia. A importância do trabalho como um todo é cada vez menos considerado em detrimento do download de músicas avulsas, sejam eles feitos legalmente ou não, e consequentemente na queda eminente na indústria fonográfica. Tanto qualitativa quanto quantitativamente.
Eu pensei em dar dados bonitinhos de vendagem e essas curisidades estatísticas. Mas pra isso tem wikipedia, talvez se eu quiser deixar isso aqui perfeito edite e coloque essas informações depois. Aproveitando as considerações sobre decisões, também preferi escrever sobre o álbum após ouvi-lo. Ou seja, isso aqui vai demorar pra terminar. Foda-se, não tenho pressa e nem prazo de entrega. Acho que fica mais sincero escrever depois da recordação de cada acorde, de cada palavra. O sentimento fica mais ativo e assim talvez fique mais fácil de escrever. Ou talvez não, mas decerto é uma desculpa pra ouvir o album de novo.
Eis aqui cd's que correm em minhas veias, eu nunca digo não a eles. São obras primas que deveriam ser expostas em galerias de arte e todo ser vivo que contém audição deveria escuta-lo ao menos uma vez.

1. Brothers in Arms - Dire Straits (1985)
Um álbum genial do começo ao fim, com certeza a magnum opus do Dire Straits. É repleto de singles, pra se ter uma idéia, das 9 faixas que compõe o álbum, 4 são aquelas músicas que todo mundo já ouviu. Um instrumental belíssimo e suave, contrasta faixas animadas e até dançantes como Walk of Life e canções brandas e ternas como Why Worry. É para se ouvir do início ao fim com um brilho nos olhos. So far away abre as cortinas com um introdução de baixo que chama a atenção dos ouvidos destraídos, demonstrando que o que está por vir merece atenção. Com sua levada singela e contagiante, back vocals ressonante e riff fluído que todos com o mínimo de apreço por música já escutaram na rádio, So Far Away é uma daquelas músicas que evocam uma saudade receosa, que não machuca o coração mas o deixa inquieto.
Money For Nothing (que tem um clipe com uma animação rústica que vale a pena assistir) começa com um vocal delicado e brando de Sting que é encerrado por uma introdução crescente de bateria que explode no genial riff distorcido emanado pelos intrépidos dedos de Mark Knopfler. É um resmungo revoltado porém alegre que dá um tom mais animado ao disco. Tom animado esse que prossegue com Walk Of Life, que também tem como base um riff que gruda na mente e pode ser cantarolado por dias. Só que dessa vez é um teclado serelepe que dá as cartas. Com certeza é a música mais viva e entusiasmada do disco. Sua levada meio country aliada ao cantar rápido e métrico cria uma atmosfera alegre, dá vontade de sair pulando. A seguir, a animação dá espaço a um saxofone de motel que tristemente prepara o terreno para o harmonioso... riff! Desta vez o encarregado é um saxofone brilhantemente tocado. Your Lastest Trick soa como uma lástima, quase o narrar de uma noite melancólica. É calma e contínua porém sem cair na monotonia. O sax dessa música é um dos três mais geniais da história do rock e não há força neste universo que me convença do contrário.
Why Worry é o momento em que a banda tira a sesta. Um descanso dentre as faixas, levada por um harmonioso dedilhado, a voz serena de Knopfler soa como se estivesse contando uma história de ninar para seu pequeno filho de 4 anos. É um cafuné na alma.
Ride Across the River parece invocar os incas em um início surpreendente. Uma levada irregular e um solo soberano prosseguem com a parte tranquila do disco que é encerrada por The Man's Too Strong cuja leve guitarra e cantar é sempre interrompida por furiosos trovões em forma de acordes em todo o refrão. One World tenta jogar o disco pra cima com certo sucesso. A bateria dá um tom alto para acordar o que flutuavam com a calmaria das músicas anteriores e guitarra mais uma vez soberana dança entre uma palavra outra. O encerramento do disco cabe a Brothers in Arms que volta com um ar reflexivo guiado pela guitarra que transborda feeling. É um fechamento com chave de ouro, o solo de rara beleza parece um mar de feeling tendo ao seu fundo um órgão que o completa como o entardecer, a balançar de um lado pro outro calmamente deixando quem o ouve a flutuar embevecido torcendo para que aquele solo nunca acabe.

Faixas:
1. So Far Away – 5:12
2. Money for Nothing – 8:26
3. Walk of Life – 4:12
4. Your Latest Trick – 6:33
5. Why Worry – 8:31
6. Ride Across the River – 6:58
7. The Man's Too Strong – 4:40
8. One World – 3:40
9. Brothers in Arms – 6:55

2. Making Movies - Dire Straits (1980)

Sempre tive um carinho pelo Making Movies por ter Tunnel of Love e Romeo & Juliet. Demorei um tempo até encontra-lo em vinil. Antes de virar o lado, enquanto escutava-o pela primeira vez tive a certeza de que este álbum tem um dos melhores lados A da história do rock. Um lado A que tem Tunnel of Love, Romeo & Juliet e Skateaway... puta que pariu. Tunnel of Love com seus mais de sete minutos termina com um solo em que o entrosamento entre a guitarra e o teclado se mostram únicos. Uma balada intensa que termina de modo épico. Agora... o que dizer de Romeo & Juliet? o próprio Mark já deixou escapar que considera essa a melhor música que já fez. Não é por menos, uma letra linda e uma melodia que a completa, que começa com seu dedilhado inconfundível. Aí vem Skateway e um dos refrões mais comoventes do Dire Straits. A música parece feita para venerar o próprio refrão. Expresso Love é uma daquelas canções que conseguem animar até um domingo. De sol, porque domingo com chuva é pra Riders on the Storm. Hand in Hand é mansa e conta com uma letra reflexiva, clima esse quebrado por Solid Rock que chuta a porta, liga o som alto e chama os amigos. E como encerramento, Les Boys. Que é a canção mais peculiar do Dire. Uma levada constante e jeito bobo, parece música de tarde em um saloon. Aquieta os ânimos. Making Movies, na minha perspectiva, é a segunda grande obra do Dire Straits. Ainda conta com a fase inicial da banda quando os irmãos Knopfler empunhavam as guitarras mas ao mesmo tempo já demonstra características dos seguintes albuns como o que viria dois anos depois, o quase progressivo Love Over Gold que enfatiza solos e teclados com partes instrumentais dominantes. Making Movies é a puberdade do Dire Straits, aquela adolescência feliz, a melhor parte da vida que sempre é lembrada com um carinho nostálgico.

Faixas:
1. Tunnel of Love - 8:11
2. Romeo and Juliet - 6:01
3. Skateaway - 6:40
4. Expresso Love - 5:12
5. Hand in Hand - 4:48
6. Solid Rock - 3:27
7. Les Boys - 4:08

3. L.A. Woman - The Doors (1971)
Um contexto interessante: Morrison barbudo, gordo, puto com o mundo e sendo processado pelos malditos vermes americanos. Diante desses conflitos, Morrison pega uma cerveja e começa a fazer um blues. O resultado é L.A. Woman. A voz de Morrison soa mais madura, ele encarna realmente um bluesman que é sem dúvidas bem distante do porra-louca rockstar dos outros albuns. A qualidade musical dos outros integrantes sobressai mais ainda neste album que mescla músicas lentas como "The cars hiss by my window" com a épica animada L.A. Woman.
Mr. Mojo Risin' assume as rédeas e dá outro rumo ao Doors nesse disco que conta com muito mais qualidade que The Soft Parade, por exemplo, que ainda sim não é um disco fraco. Um disco que tem Riders on the storm não precisa de mais nada, mas o Doors esbanja nesse último disco da era Morrison e se despede deixando saudades enormes e a certeza de que eles tinham ainda muita lenha pra queimar.

Faixas:

1. The Changeling – 4:21
2. Love Her Madly – 3:20
3. Been Down So Long – 4:41
4. Cars Hiss by My Window – 4:12
5. L.A. Woman – 7:53
6. L'America – 4:38
7. Hyacinth House – 3:09
8. Crawling King Snake – 5:00
9. The Wasp (Texas Radio e Big Beat) – 4:15
10.Riders on the Storm – 7:09

4. Unknown Pleasures - Joy Division (1979)
Esse álbum é composto por duas cores, preto e branco. A própria capa já demonstra isso, aliás, pelo que andei lendo, a imagem da capa é a morte de uma estrela captada por um medidor de pulsos. É sorturno, sombrio e pálida como a noite enebriada em uma esquina suja e vazia. Nenhuma música é alegre ou animada. Este disco se escuta no quarto vazio. Dá pra ter uma idéia do porque Ian Curtis se enforcou com 23 anos. O baixo sempre forte e reto, a bateria violenta e o grito angustiante e desafinado da guitarra servem de plano de fundo para os versos graves e tristes declamados com toda o sentimento. Conheci Joy Division a partir de um cover de Shadowplay que o The Killers apresentou durante seu memorável show no Tim Festival em 2007. Quando ouvi a original percebi que era quase outra música. Muito mais seca e sem floreios. Baixei o disco e de cara as músicas que refletem toda a crise que é a vida me conquistaram. É um album maravilhoso, sem dúvidas. Disorder e New Dawn Fades já valem o disco. Em toda a sua crise e depressão, mostra bem do que o Joy Division é feito. Tristes poesias e sentimento transbordando de uma música grave. Se os ursinhos carinhoso colocarem esse disco na vitrola deles, vão virar os Ursinhos depressivos e o arco-íris se pulverizará numa fumaça cinza.

Faixas:

1. Disorder (3:36)
2. Day of the Lords (4:43)
3. Candidate (3:00)
4. Insight (4:00)
5. New Dawn Fades (4:47)
6. She's Lost Control (3:40)
7. Shadowplay (3:50)
8. Wilderness (2:35)
9. Interzone (2:10)
10. I Remember Nothing (6:00)

5. The Rise and Fall of Ziggy Stardust & The Spiders from Mars - David Bowie (1972)
Primeiro conceitual da lista. Esse disco é um dos mais gostosos de ouvir, cai bem a qualquer hora e é sempre um prazer deixar rolar. Sempre que não sei o que estou com vontade de escutar, coloco pra rodar Five Years e deixo seguir. A história do album por si só é interessante. Ziggy Stardust é um alter-ego alien e andrógino do Bowie e o album conta a saga do destemido extraterrestre neste planeta. Ziggy, o salvador, vem para a Terra a fim de evitar sua destruição que ocorreria em cinco anos, daí Five Years, a primeira música do disco. Porém ele termina formando uma banda de rock chamada "Spiders from Mars" e personifica o clássico feitio do rockstar. Vira promíscuo, pega pesado nas drogas, é todo paz e amor tentando passar uma mensagem boa as pessoas e termina destruído pelos seus excessos. Bastante criativo, pelo menos no que cerne a seres extraterrestres.
Todas as músicas são curtas, resultando numa vontade imensa de ouvir tudo de novo depois, tem uma levada agradável que, no entanto, não caem numa marasmo banal. Um instrumental que apesar de único, muito elaborado e diversificado tem aquele jeito que não afasta ninguém. E acaba até aglomerando gente para fechar os olhos e mexer levemente a cabeça no ritmo das músicas. Refrões capazes de ecoar na mente por semanas e vez por outra aquele solinho curto pode dar as caras entre uma estrofe e outra. A contra capa do vinil contém uma das instruções mais pertinentes da história dos vinis: "TO BE PLAYED AT MAXIMUM VOLUME". Estão certíssimos, quanto mais alto se ouve, mais os ornamentos de cada música dão um contorno especial a elas.

Faixas:

1. Five Years – 4:43
2. Soul Love – 3:33
3. Moonage Daydream – 4:35
4. Star – 4:16
5. It Ain't Easy – 2:56
6. Lady Stardust – 3:20
7. Starman – 2:47
8. Hang on to Yourself – 2:37
9. Ziggy Stardust – 3:13
10. Suffragette City – 3:19
11. Rock 'n' Roll Suicide – 2:57

6. Use Your Illusion II - Guns N' Roses (1991)

O que falar do Use Your Illusion II... Pra começar é um álbum completamente genial a partir da capa. Uma pintura renascentista brilhante, cortada em um pequeno ser, lá no canto da tela, ao que tudo indica estudando, encharcado em tons de azul. Vai de baladas calmas até guitarras pesadas e baterias furiosas. Porém nunca perde a personalidade e o toque especial do Guns. A inclusão do pianinho maroto na banda foi crucial para esse album se destacar como muito mais elaborado do que o hard rock cru e furioso do Apetite for Destruction. Civil War já abre do disco de maneira extasiante. Vocal do Axl calmo, dedilhado com um pouco de distorção e de repente... Um arranhado brutal na guitarra e a música explode. São pouco mais de sete minutos de um rock pesado que flutua. Se me permitem parafrasear a história de "Led Zeppelin". O piano serelepe que fecha Civil War já começa em 14 years. Yesterdays é outra canção forte. O Axl realmente estava no auge nessa época, os vocais dele estão impecáveis em todas as faixas e essa evidencia isso também. Knockin' on heavens Door é provavelmente o melhor cover de Bob Dylan da história. Apesar de mudar bastante a roupagem origiam da música, conseguiram encaixa-la perfeitamente nessa levada balada-rock com solinhos puro feeling (as usual) do Slash. Dá uma acalmada para o que há de vir. E o que vem é Get In the Ring, que é um chutão bem dado nas bolas. Das músicas que eu conheço, é a maior (in)direta que existe. Não é que nem a picuinha do John e do Paul após o fim dos Beatles com alfinetadas subjetivas em uma frase ou outra. O Axl simplesmente cita o nome e os jornais em que trabalham seus desafetos. Que devem ser uns escrotos mesmo, afinal jornalista é uma raça que não presta. Essa lembra muito o Apetite. Breakdown é demais também, começa de uma forma tão lírica quanto um jardim florido em um domingo de inverno.
Locomotive é realmente uma locomotiva queimando vapor como um vulcão. É nessa velocidade que a música acontece até o break lírico final. So Fine é uma balada fofa. Estranged é épico demais. Acho que ocupa o posto de November Rain desse disco. Posto esse de música grande, com solos grandiosos, letra profunda e clipe caríssimo. Ainda que não atinja o patamar sobrenatural e inatingível de November Rain, é chorante também. You Could Be Mine é o Schwazenegger robô puto metralhando tudo e todos em labaredas de flamejantes e explosões gigantescas e catarse mundial. Isso explica tudo.
Em suma, o Use Your Illusion dois é uma aula de Guns N' Roses. É a banda no auge demonstrando todos os fatores que a tornaram um sucesso absoluto.

Faixas:

1. "Civil War" 7:43
2. "14 Years" 4:21
3. "Yesterdays" 3:16
4. "Knockin' on Heaven's Door" 5:36
5. "Get in the Ring" 5:41
6. "Shotgun Blues" 3:23
7. "Breakdown" 7:05
8. "Pretty Tied Up" 4:48
9. "Locomotive" 8:42
10. "So Fine" 4:06
11. "Estranged" 9:23
12. "You Could Be Mine" 5:44
13. "Don't Cry" (alternate lyrics) 4:44
14. "My World"

7. Wish You Were Here - Pink Floyd (1975)

Quando achamos que o Pink Floyd já demonstrou tudo que poderia com o Dark Side of the Moon, dois anos depois, em 1975, eles lançam o Wish You Were Here. E eles reafirmam uma capacidade absurda para compor arranjos. Se no dark side o tecladista Rick Wright já tinha mostrado do que era capaz em Any Color You Like, agora ele atinge a apoteose em Welcome to the Machine. O som errante, colorido e encorpado de um teclado psicodélico se alterna com um violão que serve de pedestal para seu esplendor. As músicas agora são mais longas e não se entrelaçam. O album é um sanduíche de Shine on your crazy diamond, cujas enormes e instrumentais fatias iniciam e terminam o album, dando uma vontade de virar o lado do vinil initerruptamente para as partes 1-5 e 6-9 se encontrarem. Have a Cigar é a hora de David Gilmour transbordar feeling numa guitarra que ecoa psicodelismo durante toda a música. E nessa caverna colorida, tem um canto escuro aonde tocará Wish You Were here. Uma das mais belas músicas do Pink Floyd, sua simplicidade e sinceridade na qual é construída a beleza da canção comovem. Desse álbum não existe muito para se falar, existe muito para se sentir.

1. "Shine On You Crazy Diamond" (Pts. 1-5) — 13:33
2. "Welcome to the Machine" — 7:26
3. "Have a Cigar" — 5:07
4. "Wish You Were Here" — 5:40
5. "Shine On You Crazy Diamond" (Pts. 6-9) — 12:21

8. Racional (Vol I e Vol. II) - Tim Maia (1975)

"Só se dedicará a um assunto com toda a seriedade alguém que esteja envolvido de modo imediato e que se ocupe dele com amor. É sempre de tais pessoas, e não dos assalariados, que vêm as grandes descobertas." Essa frase de Schopenhauer resume perfeitamente bem o motivo do Racional ser a magnum opus do Tim Maia. Esse álbum nasceu de uma dedicação irracional (irônico se levarmos em conta o nome do álbum), foi construído a base de pura paixão. Tim ficou absolutamente obcecado pela idéia de ter encontrado a resposta para a pergunta que tortura a humanidade desde os primórdios: "O que somos? o que fazemos aqui? Qual o sentido disso tudo?". Tim quis compartilhar com todos essa resposta que tanto aquietou sua alma e o resultado e o propagandístico e genial Racional, sobre o livro Universo em Desencanto e a ("não é história, não é doutrina não é ciência, seita ou religião")a coisa limpa e pura cultura racional. Algum tempo mais tarde, ele descobriu que não era tão limpa e pura quanto parece, mas isso é outra história. O que importa é que absorto nessa cultura racional, Tim não bebia e não fumava mais, nem usava seus tradicionais ilícitos, o que refletiu numa grande melhora em sua voz. O álbum todo é lindo, a musicalidade é sensacional, as letras propagandísticas fluem lindamente no vozeirão de Tim. Apesar de negligenciado pela grande mídia pouco interessada em outra loucura de Tim e mais tarde esquecido pelo próprio, o Racional é o retrato sonoro de que movido pelo amor o artista faz uma arte realmente eterna.

Volume I

1. "Imunização Racional (Que Beleza)" – 5:08
2. "O Grão Mestre Varonil" – 0:24
3. "Bom Senso" – 5:08
4. "Energia Racional" – 0:15
5. "Leia o Livro Universo em Desencanto" – 2:50
6. "Contato com o Mundo Racional" – 3:06
7. "Universo em Desencanto" – 3:43
8. "You don't Know What I Know" – 0:35
9. "Rational Culture" – 12:09

Volume II

1. "Quer Queira Quer não Queira"
2. "Paz Interior"
3. "O Caminho do Bem"
4. "Energia Racional"
5. "Que Legal"
6. "Cultura Racional"
7. "O Dever de Fazer Propaganda deste Conhecimento"
8. "Guiné Bissau, Moçambique e Angola Racional"
9. "Imunização Racional (Que beleza)"

9. Pet Sounds - Beach Boys (1966)
Brian Wilson, antes de sua loucura atacar de maneira definitiva, tinha a estranha mania de pedir que levassem areia da praia para o estúdio, forrando o chão com ela, para ajudar no processo de gravação dos albums dos "garotos da praia". O que sentimos escutando cada faixa do Pet Sounds vai além da areia, o aroma do mar e a brisa úmida passando pelo céu azul correm junto com os sons. Cada letra sincera, simples porém profunda orquestrada com maestria cria um clima único nesse álbum. Wouldn't it be nice é uma manhã alegre, I just wasn't made for these times uma triste e solitária noite de lua cheia. Deixa eu escutar o vinil de novo, depois eu escrevo.

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